29 novembro 2008

O Futuro é azul

Um dia destes vamos acordar, e vai haver internet de banda larga (a sério, não aquela treta de 500Kbps) sem fios em todo o lado, e o pessoal vai deixar de descarregar mp3 e passar a ouvir musica online a qualquer hora, em qualquer lugar.
Só pode ser esta a explicação para o google não ter uma pesquisa de mp3 decente. Para o youtube ter imensos vídeos de música cuja imagem consiste em fotos ou sequências de imagens paradas, ou até uma única imagem. E para os sites de música que descarregam directamente do youtube.

Procuram-se

18 músicas (mp3) para um CD novo para o carro. Que não estejam ainda em outros CDs no mesmo. Aceitam-se sugestões. Se acertarem em músicas que haja cá em casa em CD, melhor.

28 novembro 2008

Parece que não mas...

Um gajo pensa que jogar ping pong consiste em ficar em frente a uma mesa e ir mexendo o braço de vez em quando. Pois. Apesar da área em que se joga ser relativamente reduzida (mas hoje fui parar às barreiras várias vezes) e o braço também não poder ir longe, estou toda partida. Segunda há mais. E terça. E quinta. E sexta. Vai ser uma semana dura.

27 novembro 2008

No semáforo vermelho

Duas pessoas dentro de um carro a agredir-se mutuamente. E só reparei porque o tal carro estava exactamente à minha frente e a abanar muito. Pois, experimentem andar à porrada dentro de um carro a ver se não abana. Podiam ser marido e mulher, pai e filho, avô e neto, não sei. Fiquei a pensar se não devia decorar a matrícula e telefonar à polícia. Sei lá se andar à porrada dentro de um carro é crime público na Alemanha.
(e dizer o quê? ah, senhores guardas, estavam duas pessoas num carro a bater-se, mas quando o semáforo ficou verde viraram para outro caminho e por isso não sei se acabaram por bater contra uma árvore, atropelar alguém, ou simplesmente continuaram a sessão dentro de quatro paredes.)

26 novembro 2008

Pão

O rapaz giro, na fila do supermercado atrás de mim, com uma miúda que não parava de falar. Os dois em inglês, e eu a tentar perceber qual deles é que se estava a exprimir numa língua estrangeira. Era ela. No cesto das compras tinham massa, queijo, camarões (imensos), vinho, polpa de tomate, pão. E consideravam levar um monte de gomas, todos os pacotes que estavam em exposição mesmo antes da caixa, só porque estavam ali, e talvez lhes apetecesse fazer uma coisa doida. E eu ia deitando umas olhadelas ao rapaz (tão giro!), e apetecia-me perguntar-lhe donde vinha, só para saber (que eu de rapazes giros estou bem servida), e olhava para a miúda e queria perguntar-lhe onde é que tinha desencantado tamanho deleite para os olhos. Só por curiosidade. O telemóvel dela tocou, e enquanto ela dizia coisas que não ouvi, aproveitei para dar mais uma espreitadela ao rapaz, que pelo olhar dele devia estar a pensar "é pena, mas já estou ocupado". Pois, eu também.
Paguei, fui-me embora (não antes de deitar outra olhadela ao rapaz), e decidi que afinal há algo em Lisboa que vai para lá da comida, do tempo, dos portugueses, e das lojas abertas ao fim de semana e à noite.

25 novembro 2008

Dos blogues

A minha história, que nem é bem uma história, com Saramago começou com "todos os nomes". Abri-o numa livraria, li umas páginas, gostei, levei-o e ofereci à minha mãe. Depois comprei "o evangelho segundo jesus cristo", li umas páginas, detestei, e fiquei por ali. Não só o estilo da escrita me incomodou, como a história também - e não por motivos religiosos, longe disso.
Quando soube que Saramago (gosto deste nome) tinha um blogue tive que ir espreitar. Tenho lido quase todos os postes. E gostado. E por isso trouxe, de uma livraria, sem pensar muito nem espiolhar umas páginas antes de largar o pilim, "a viagem do elefante". Espero gostar. E agora que penso nisso, a minha mãe está a dever-me o empréstimo de "todos os nomes" há anos.
Há bebés que choram enquanto dormem. A minha ri-se à gargalhada. Deve ter uns sonhos mesmo bons.

24 novembro 2008

O tamanho é importante

Em Munique, chamam "gigantes" aos camarões que em Portugal serviriam para acompanhar cervejas. Em Portugal, chamam gambas "normais" a algo tão grande que aqui teriam que inventar novas palavras para descrever tal enormidade. De modos que me habilitei a fazer figura de parva ao pedir para ver a gamba "normal" para poder julgar com os meus próprios olhos se era suficientemente grande. E provavelmente fiz mesmo figura de parva ao ver a tal gamba "normal" e imediatamente salivar como o cão do Pavlov. Só faltou começar aos pulos na cadeira. Faltou muito pouco. (já para saltar na cama do quarto de hotel faltou altura ao quarto. eu bem tentei, mas era demasiado arriscado)

700km/h

E assim se passa de um sítio com 20 graus (t-shirt) para outro com neve. Por outras palavras, interrompi (por um fim de semana) o inverno. E gostei.

21 novembro 2008

Raisparta

Eu que nunca vou a Lisboa, pá... tinham logo que me brindar com um simulacro de terramoto mal o meu avião aterre? Não podiam esperar? Um tremor de terra a sério ainda se admite, agora brincarem aos tremores de terra nas parcas horas que tenho para enfardar todos e quaisquer bolos de creme de ovo que me aparecerem à frente (pastéis de Belém incluidos), comprar todas as revistas cor de rosa que encontrar, e apanhar todo o sol e calor que puder enquanto não me metem no avião de volta para os não-sei-quantos-graus-negativos-e-forte-nevão que vai haver aqui durante o fim de semana, isso é imperdoável. Vejam lá se se portam bem, e não me atrapalham a vida, que eu não tenho tempo para essas coisas e ainda me aborreço, e depois nunca mais volto aí. (Ai, se houvesse vôos directos para o Porto...)

Coisas que fazem diferença na vida de uma gaija

O meu gmail tá lindo. Ainda pensei em dar-lhe um look à anos 90 (até 94), assim um verde e preto do tempo dos terminais X, mas depois pensei, que se lixe, afinal estamos noutro milénio, quero é coisas bonitas para me animar o dia (e a noite). De modos que até o SPAM ficou mais bonito. Como é que os senhores do gmail não pensaram nisto há mais tempo? (ah, deviam estar muito ocupados com o gtalk, ou a aumentar as caixas de correio, ou a filtrar o SPAM ou outras coisas assim...)


(eu já disse que adoro o gmail?)

20 novembro 2008

Como é que isto me escapou

Ando demasiado ocupada para ter tempo de escrever. Mas ainda vou tendo tempo para ler. E encontrei um blogue fabuloso, que devia fazer parte dos meus favoritos desde o dia em que começou. Mais vale tarde do que nunca, e vivam os arquivos. Vão lá ver o não compreendo as mulheres.

18 novembro 2008

O Universo devolve

Atrasado, mas devolve. A máquina de uma das estações de comboios de Munique ficou-me com as moedas que usei para pagar qualquer coisa que ela não me deu. Hoje, uns meses mais tarde, outra máquina deu-me duas barras de amendoins pelas moedas de uma. Obrigadinha.

Digital

Para quem diz que o trabalho é 10% inspiração e 90% transpiração.
A transpiração é a parte para a qual precisas de um administrador porque não tens permissões.

O Futuro

As pens USB como suporte de software. Os CDs e DVDs estão ultrapassados. Quero todos os ficheiros guardados numa coisa que ocupa o espaço de um dedo. Ou menos.

17 novembro 2008

14 novembro 2008

Partida

O meu filho, que não é uma pessoa que aprecie manhãs (as de escola, pelo menos), costuma ter dificuldade em despertar e manter uma conversa coerente na primeira hora desde que se levanta. Ora hoje, no meio dessa altura crítica, desata a rir-se sozinho. Tanta graça se achou, que teve que partilhar a piada.
Ontem, uns meninos disseram à professora que estava na hora de sair. Ela dizia que eram 3 menos 10, eles mostraram-lhe os telemóveis que indicavam 3 e 10 (que era a hora de saída daquela aula). Rendida às evidências, a professora caiu no truque mais velho do mundo, desde que há escolas. Saíram todos 20 minutos mais cedo. Estou para ver se ela tem sentido de humor quando tiverem a próxima aula.

13 novembro 2008

A sério...

Estando num ponto da vida em que um mestrado ou doutoramento não me adiantaria de nada (se é que alguma vez adianta) em termos profissionais, mas que, se o assunto realmente me interessasse me poderia dedicar a uma coisa dessas, fui à procura de mestrados no google. Para quem não tem ilusões sobre potenciais ganhos monetários com a coisa (nulos, para não dizer negativo se formos a contar o investimento em tempo, livros e dinheiro) a pesquisa tem que versar sobre o que realmente se poderá lucrar com tamanho projecto: diversão. Infelizmente, ninguém se interessa por coisa engraçadas ou divertidas, pelo que continuarei a ocupar os meus tempos livres a ler blogues e a brincar com os meus filhos.
Para quem tiver dúvidas, aqui ficam os resultados de mais uma ideia das minhas, vá lá, para quê ser modesta, ideias brilhantes:

No results found for "masters degree in something funny".

12 novembro 2008

Não há nada como ser expulso de um restaurante. Quando os empregados já todos jantaram, todas as cadeiras (menos as nossas) já estão viradas em cima das mesas, e finalmente percebemos que estamos a estorvar. Pagamos e saímos pachorrentamente, mas ficamos à porta, ao frio, porque a conversa tem impreterivelmente que continuar, e corremos o risco que os pobres moradores da zona, arrancados do sono por gargalhadas espalhafatosas - que não há conversas animadas sem elas-, chamem a polícia, as horas infindas a discutir "mas para onde é que vamos agora" e ninguém a arredar pé nem com intenções de ir para lado nenhum. Podia medir graus de felicidade assim. Quanto mais tarde, mais frio, mais gargalhadas, mais feliz.

(inspirado aqui)

Um café e um bagaço (mas sem o bagaço)

Diz-se que o homem é uma criatura de hábitos - por outras palavras, estamos tão habituados a ser lixados, que quando a coisa corre bem temos tendência a repeti-la até à exaustão. E se um dia, por acaso prevaricamos - como eu, que hoje fui tomar café a um sítio onde já não ia há muito tempo - arrependemo-nos imediatamente - já bebi água suja com melhor sabor que aquele "café" - e prometemo-nos logo ali nunca mais voltar a repetir aquele gesto. (Antes rapar frio e ir ao italiano que leva o dobro, mas cujo café se pode beber, apesar de vir com borra.) É por isso que quando vamos de férias para um sítio novo jantamos invariavelmente no primeiro restaurante que nos serviu relativamente bem, e é por isso que vamos sempre ao mesmo café, e nem notamos que o serviço já foi melhor e que em frente àquela esplanada agora passam 1000 carros por hora.

Por outro lado, "o homem é uma criatura de hábitos" - assim mesmo, com aspas - só tem 46 ocorrências no google. Se calhar não somos assim tanto de hábitos.

11 novembro 2008

O dia das luzes

11 de novembro, ora aí está o dia em que se ensina aos miúdos a reivindicar os seus direitos, desde os mais bebezinhos até aos mais graúdos. Todas as escolinhas organizam uma manifestação assim que escurece, para a qual os meninos devem levar uma lanterna, de modo a estarem devidamente apetrechados para protestarem contra a falta de iluminação na cidade nesta altura do ano tão crítica. Afinal de contas, nesta escuridão não há manif que se veja se uma pessoa não levar a sua própria luz. Não é que resulte (o protesto), mas os miúdos não desistem, e todos os anos repetem a façanha. Talvez acreditem no ditado "água mole em pedra dura...".

Eu cá preferia um magusto. Sempre podia fazer umas correrias atrás de uma vítima para enfarruscar (só são vítimas as que fogem, quem não foge é um compincha e tem pelo menos a obrigação de tentar enfarruscar-nos de volta (isto diz-se?)). E comia umas castanhas assadas.

10 novembro 2008

Atarantada

Deparei-me com isto, e fiquei a pensar, durante uns minutos, mas que raio é que eu fazia se soubesse que ia morrer dentro de 10 minutos. Dez minutos não são nada. Não dão para nada. De modos que se eu soubesse que ia morrer dentro de 10 minutos iria muito provavelmente passá-los desesperadamente a tentar não morrer. Ou morrer a tentar não morrer.

07 novembro 2008

Raisparta este tempo

Só me apetece comer chocolate. Rausch 47% (de entre umas 10 variedades que eles têm, sendo esta a mais difícil de encontrar). Ferrero Noir à caixa. Ritter Sport chocolate de leite com amêndoa. Lindt chocolate de leite. E uns bombons de uma loja artesanal aqui em Munique que agora não me lembro o nome e me fica muito fora de mão também marchavam.
Não acredito em cenas.
Pronto.
Está escrito.

04 novembro 2008

Small world?

Não é o mundo que é pequeno. Nós é que nos movemos em círculos.

(Isto dava uma série. E este primeiro post diria "hoje encontrei uma amiga, por vias travessas. Já não me lembrava dela - mas lembrava, de vez em quando, por causa de coisas que não interessam ao público em geral. E foi o máximo encontrá-la. E voltei a lembrar-me que gostava que a minha vida tivesse mais tempo, dias de 48 horas e semanas de 14 dias, embora nunca consiga utilizar o meu tempo livre nas coisas que gostaria de fazer porque passo demasiado tempo nos meus vícios mesmo quando tenho tempo livre. De onde deduzo que tenho que acabar com os meus vicíos. Ou libertar-me um bocadinho deles.)

et voilá

Os velhos, muito velhos, aqueles que têm filhos e netos e às vezes bisnetos e tudo, fazem parte de um cenário antiquado. Vivem em casas velhas e frias e escuras, com cozinhas velhas, cheias de naperons, castanhas ou brancas mas ainda assim com pouca luz, fogões com os quais mais ninguém sabe trabalhar, pratos de alumínio ou pelo menos travessas de alumínio e uns talheres que ninguém sabe de onde poderão ter vindo, as suas salas são também escuras e cheias de louças antigas (e louceiros) e mais naperons, e rendas por todo o lado, e sofás do antigamente, às vezes um piano, velho, preto, desafinado, mobílias escuras e mais rendas nas cortinas, e bibelots por todo o lado, e fotografias, muitas fotografias.
E quando um dia os velhos se revoltam, viram a casa de pernas para o ar, compram mobílias modernas e deitam fora os naperons e as cortinas, deixam de viver em casas escuras e se envolvem em cores claras, deixam de ser tão velhos assim de repente, e parecem mais alegres e vivos, e fazem os novos invejar-lhes o tempo livre e as casas brilhantes de tectos altos, e o piano (já afinado) e as chávenas de chá tão bonitas que foram para o lixo sem dó nem piedade, e invejam a liberdade de passar a ser outra pessoa, sem deixar de ser quem se é.
Quando vejo isto fico a pensar se um dia serei a velha da casa (velha) castanha e escura, ou a velha da casa (velha mas renovada) colorida que de vez em quando deita tudo fora mesmo que no fundo pense que se calhar já só vai viver poucos anos e poderá não usufruir das coisas suficientemente. E daí, sei lá se chego a velha.

03 novembro 2008

mais uma ideia...parva

No meio das minhas fantasias com comediantes, saiu-me mais esta:
Parece que o Queiroz, desde que rapou o bigodinho, não consegue fazer nada da selecção. E todos nós sabemos que a imagem de marca da selecção portuguesa é o bigode do treinador. Posto isto, quem é que deixou crescer o bigode, quem foi? O Zé Diogo Quintela. De modos que estou mesmo a vê-lo a liderar a nossa selecção.
- Pessoal, quinze voltas ao campo.
-ó mister, isso não é nada, o mister Queiroz fazia-nos dar 50 voltas de manhã e outras 50 à tarde.
- sim, mas eu estou a falar do campo do adversário. O último a chegar à Albânia não joga.
- ó mister, e temos mesmo de ir vestidos de, vá lá, gaijas?!
- sim, que é para correrem mais depressa. E dêem-se por satisfeitos de não terem que por maquilhagem e depilar as pernas, que eu hoje estou bem disposto.

02 novembro 2008

dimensão paralela

se alguém te quiser dar um tiro, respondes com outro tiro, ou dizes "PUM!"?

(e se esta pergunta viesse de um gajo que ganha a vida a fazer rir os outros?)